domingo, 30 de agosto de 2009

Fernandi Victor Eugène Delacroix

Ferdinand-Victor Eugène Delacroix


Ferdinand-Victor Eugène Delacroix foi um importante pintor francês do Romantismo.Delacroix é considerado o mais importante representante do romantismo francês. Na sua obra convergem a voluptuosidade de Rubens, o refinamento de Veronese, a expressividade cromática de Turnere o sentimento patético de seu grande amigo Géricault. O pintor, que como poucos soube sublimar os sentimentos por meio da cor, escreveu: "...nem sempre a pintura precisa de um tema". E isso seria de vital importância para a pintura das primeiras vanguardas.Delacroix nasceu numa família da alta burguesia, e seu pai chegou a ser ministro da república. Alguns acreditam que seu pai natural teria sido na realidade o príncipe Talleyrand, seu mecenas. O fato é que Delacroix teve uma educação esmerada, que o transformou num erudito precoce: freqüentou prestigiosos colégios de Paris, teve aulas de música no Conservatório e de pintura na Escola de Belas-Artes. Também aprendeu aquarela com o professor Soulier e trabalhou no ateliê do pintor Pierre-Narcise Guérin, onde conheceu Géricault. Visitava quase todos os dias o Louvre, para estudar as obras de Rafael e Rubens.Seu primeiro quadro importante foi A Barca de Dante — a obra deste escritor italiano foi um dos temas preferidos do romantismo. A tela lembra A Barca da Medusa, de Géricault, para quem o pintor havia posado.Alguns críticos viram na composição do jovem artista o dinamismo de Rubens e o traço de Michelangelo. Não receberam a mesma aprovação seus quadros: O Massacre de Quios (1822), A Morte de Sardanápalo (1827) e A Tomada de Constantinopla pelos Cruzados (1840), baseadas em temas exóticos e históricos, de composições bem mais caóticas e de uma dramaticidade e simbolismo cromático incompreensíveis para a Academia.Delacroix se interessou também pelos temas políticos do momento. Sentindo-se um pouco culpado pela sua pouca participação nos acontecimentos do país, pintou A Liberdade Guiando o Povo (1830), um quadro que o estado adquiriu e que foi exibido poucas vezes, por ter sido considerado excessivamente panfletário. O certo é que a bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, prestes a saltar da tela, impressionou um número não pequeno de espectadores.Depois de uma viagem ao Marrocos, o pintor renovou sua linguagem pictórica. A cor parece ter-se tornado independente da composição e mesmo quando beirava perigosamente os limites do decorativo ganhou uma força expressiva. A importância de Delacroix para a História da Arte exprime-se principalmente na pesquisa de cores por ele desenvolvida: Eugène representava a sombra das suas figuras não mais seguindo o sfumato renascentista, mas aplicando a cor complementar à cor local. Desta forma, aplicava o verde para sombrear o vermelho, por exemplo.Delacroix produziu quadros como A morte de Sardanápalo e O bom samaritano, mas o seu quadro mais famoso é, sem sombra de dúvida, A liberdade guiando o povo. Hoje em dia, os seus quadros são disputados pelos melhores museus e coleccionadores, existindo até um famoso museu em sua honra em Paris, o Museu Delacroix.Em 1833 Delacroix foi contratado para decorar o palácio do rei em Paris, o Palácio de Luxemburgo e a biblioteca de Saint-Sulpice. Nos seus últimos anos preferiu a solidão de seu ateliê.


Postado por Katharina Giglio nº: 13

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